domingo, 10 de agosto de 2008

Driving Miss Sunshine

Ok, Carol, o final de semana não foi dedicado ao dark side of the rock'n'roll. A chuvinha invocou cobertas, pipoca e filmes cheios de graça pra mim também. Para completar, o Telecine quis bancar o piadista e reprisou "Little Miss Sunshine" na madrugada de Sábado. A tela radiante contrastando com a umidade lá fora.... sensacional.

Considero "Little Miss Sunshine" um favorito porque é do tipo de filme que sempre ensina uma lição diferente, sempre. É com toda sutileza do mundo que coloca aquela Kombi amarela como uma metáfora sobre a nossa própria vida. É simplesmente embaraçosa. Tem que empurrar pra ir pra frente, tem que correr pra subir... afinal, ela não pára! Mas a gente precisa embarcar nela pra chegar lá, né? Não tem outro jeito.

Dentro do veículo, encontramos o pai, o nosso lado boçal. Aquele que acha que dispõe da capacidade de manter o controle de tudo - absolutamente tudo! - se simplesmente as regras forem seguidas, certo? Tem também a mãe, o lado moral, que tenta fazer o possível para nos mantermos seres agradáveis e sociáveis. Tem o avô, o nosso lado mais libertino, que aparece quando julgamos não existir mais nada a perder. Tem o guri, o orgulho - sabe quando juramos que somos algo acima do comum, que temos um segredo incrível e inatingível dentro do nosso umbigo? Há! :) E tem a Miss Sunshine, que passa meio despercebida no meio de tanta gente. Apesar disso, ela é o que ela é: a essência.

De tempos em tempos, um desses personagens assume o volante da nossa Kombi. Confesso que o minha andou controlada pelo avô nos últimos tempos. (Quem assistiu, sabe o que acontece com ele no final, né. So... it wasn't a very good idea.) Na sequência, o pai tentou assumir, mas se perdeu totalmente na rodovia. Tava escuro demais, ele não enxergava as placas, nenhum código universal para livrá-lo da situação.

Pois bem, não é fácil, ela ainda não alcança muito bem os pedais, mas tá na hora de entregar a direção à pequena Miss Sunshine. Aliás, a inscrição na auto-escola já está programada para amanhã. Sim, a minha. :)

3 comentários:

Anônimo disse...

Aaaamo little miss sunschine. Realmente amo de paixão! Mas esquecesse de um personagem. Cadê o tio?

Beijão D.!

Anônimo disse...

é verdade, faltou o tio, um dos melhores personagens do filme, um dos mais puros. mesmo assim, é a melhor análise do filme que eu li até agora. mas não, não sou um grande fã.

caroline p. disse...

perdi a aposta!